sexta-feira, 30 de setembro de 2011

INQUIETUDE


A cidade dorme. É madrugada fria. Estou só na minha solidão. Ouço os sons do silêncio. Silêncio vazio. Silêncio ensurdecedor. Busco aninhar-me em mim mesma. Acolher-me é difícil. Fantasmas rondam meu ser, como a querer me devorar. O relógio insiste em marcar um tempo que não passa. Um turbilhão de reflexões invadem-me. Reflexões mudas e sem ecos. O mundo trama lá fora. Eu estremeço aqui dentro. Calo-me diante do desconhecido. Sei que a um sinal devo partir. Devo partir de mim mesma em busca do dia. Dia de sol em que, por certo, encontrarei os raios da felicidade. Felicidade que apagará o véu da tristeza e aquietará meu coração.

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