domingo, 19 de maio de 2013


UM DIA FRIO


Entardece fria e tristemente nesse meado de outono tropical
Posso sentir o vento gélido no meu rosto
E posso sentir também a sua fria ausência no meu dia
O cão me faz companhia deitado embaixo da mesa
E a velha mãe, já esquecida do seu eu, cochila no sofá ao lado
Ouço batuques de comemoração ao longe
Foguetes pipocam anunciando a alegria de uns
Embrulho-me no meu aconchego
Implorando-me para que eu não vá embora de mim mesma.


A MOÇA

Ela estava na varanda
Pensando, escrevendo, sonhando
Olhava, chorava, sorria.
Os cabelos voavam, o mundo se abria
As cigarras cantavam, a noite caía.

A lua chegou
A moça a namorou
As nuvens pssavam
As estrelas brilhavam
Um homem passava
E a moça entrava.

O homem cantou
E para ela olhou
A moça não viu
e o homem fugiu.

Quando o dia raiou
Tudo se enfeitou.
A moça sorriu,
As flores se abriram
Os pássaros cantaram
Eles se encontraram
E o amor surgiu.