quinta-feira, 21 de novembro de 2013

SOLIDÃO


...E, de repente, o corredor da casa ficou mais comprido do que já era. Sozinha, durante as longas noites que se sucedem, espio pela fresta da porta, procurando as vozes que o habitavam ainda há pouco, e, apenas o vejo silencioso e rodeado de lembranças que insistem em pular para minha cama nas madrugadas insones.

domingo, 18 de agosto de 2013

O VOO DA BORBOLETA


Abri a porta do quarto
E o encontrei vazio
Você não estava mais lá
Voou tal qual uma borboleta,
libertando-se do seu casulo
Para encontrar as flores do céu






DESAPRENDENDO

Estou desaprendendo a esperar por você
Estou desaprendendo a ansiar pelos seus telefonemas
Estou desaprendendo a me enfeitar para você
Estou desaprendendo a fazer planos sem seu consentimento
Estou desaprendendo a sonhar em viver eternamente com você
Estou desaprendendo a sorrir com você
E se tudo isso não basta...
Estou desaprendendo  a amar você.

MÁRIO BELOLLI APRESENTA: PROJETO ROMEU E JULIETA

MULHERES DO BRASIL E DO MUNDO COMPARTILHANDO POEMAS DE AMOR EM LIVROS DE BOLSO

"AINDA QUE EU FALASSE A LÍNGUA DOS HOMENS, AINDA QUE EU FALASSE A LÍNGUA DOS ANJOS, SEM AMOR EU NADA SERIA"

SENIMENTOS COMPARTILHADOS – JÚLIA REGO

LANÇAMENTO EM 2014 – SANTA CATARINA – BRASIL

sábado, 29 de junho de 2013


AMOR?!!


Mais que entrelaçamento de corpos sôfregos e suados
Necessito da fusão de almas embebidas de entrega amorosa...

domingo, 16 de junho de 2013


O ESPELHO

E não é que achei um espelho?
O que vi por trás dele não me deixou feliz
Uma mulher de olhar triste fitou-me longamente
Foi difícil reconhecê-la...
Moça ainda, não havia marcas recentes de sorriso em seu rosto, apenas uma débil sombra do que já fora
Enfiei a mão naquela imagem
E a pus na palma da minha mão
Sacudi-a, destemidamente,
e soprei-lhe no ouvido um punhado de sonhos
Senti o pulsar do seu coração no meu coração,
Percebi lampejos de vida em seu semblante,
e quando tornei a olhar o espelho, levei um susto!
Aquela moça velha que renascia era eu.


MÁSCARAS HUMANAS

E o que eu queria mesmo era entender 
o que vai no âmago do ser humano
A incoerência explícita que existe entre o falar e o fazer,
que a mim inquieta e angustia
Farsas e farsantes estão em toda a parte,
e impossível é enxergar além das sedutoras máscaras,
ou, talvez, o impossível mesmo
seja querer arrancar essa máscara para se enxergar.


domingo, 19 de maio de 2013


UM DIA FRIO


Entardece fria e tristemente nesse meado de outono tropical
Posso sentir o vento gélido no meu rosto
E posso sentir também a sua fria ausência no meu dia
O cão me faz companhia deitado embaixo da mesa
E a velha mãe, já esquecida do seu eu, cochila no sofá ao lado
Ouço batuques de comemoração ao longe
Foguetes pipocam anunciando a alegria de uns
Embrulho-me no meu aconchego
Implorando-me para que eu não vá embora de mim mesma.


A MOÇA

Ela estava na varanda
Pensando, escrevendo, sonhando
Olhava, chorava, sorria.
Os cabelos voavam, o mundo se abria
As cigarras cantavam, a noite caía.

A lua chegou
A moça a namorou
As nuvens pssavam
As estrelas brilhavam
Um homem passava
E a moça entrava.

O homem cantou
E para ela olhou
A moça não viu
e o homem fugiu.

Quando o dia raiou
Tudo se enfeitou.
A moça sorriu,
As flores se abriram
Os pássaros cantaram
Eles se encontraram
E o amor surgiu.

sábado, 19 de janeiro de 2013


CASTELOS

Sou uma mocinha romântica
Que ainda espera seu príncipe encantado
Mas sei que não sou mais uma mocinha
E que príncipes encantados não existem
Mas, afinal, que princesa sou eu
Que não acredita mais em príncipes encantados...

Vivo sozinha na minha torre
Esperando que um cavaleiro suba pelas minhas tranças
E me leve no seu cavalo branco
Para o castelo encantado do amor
Onde venceremos as bruxas malvadas com suas maçãs envenenadas
Fantasiados para o final feliz...

É TEMPO

É tempo de segurar a lágrima
É tempo de enxugar o rosto
É tempo de engolir em seco
É tempo de dar tempo
É tempo de ser feliz...

ENTREMEIOS

No deserto do meu ser
O oásis do amor surgiu
Trazendo esperança aos que tem sede de viver
Emoções afloram no peito e na pele
Num misto de medo e alegria.
Aqui e ali
As histórias se misturam e se repetem
Levantando a poeira fugaz da desilusão.