segunda-feira, 10 de dezembro de 2012


ONDE ESTOU

Chamei-me e não me ouvi
Gritei-me e não atendi
Chorei-te e não te vi
Acordei-me e ainda vivi




QUERO


Quero voar para os campos floridos, sentir o cheiro do mato, correr com as borboletas e cantar com os passarinhos

Quero molhar meus pés no riacho azul-claro e subir no pé de manga para pegar goiaba

Quero sentir o sol criança brincar em meu corpo e deixar o vento desmanchar meus cabelos

Quero deitar na relva macia e amar com o pôr do sol de testemunha

Quero, à noite, passear de mãos dadas com você e pedir que a lua cheia ilumine a nossa estrada

Quero te dizer um até amanhã cheio de amor e dormir entrelaçada numa rede preguiçosa

Quero ouvir os grilos fazendo sua orquestra noturna e despertar com um galo cantando

Quero que o despertar derrame sobre mim o desejo de começar tudo de novo com você.

terça-feira, 4 de dezembro de 2012


OUVIR


Todas as vezes que tentei me escutar, me fiz de surda. 
Essa surdez voluntária  e conivente tem me causado imensuráveis consequências, quando se trata de questões do coração.