Espaço literário aberto a todas as expressões artísticas e áreas do conhecimento.
segunda-feira, 10 de dezembro de 2012
QUERO
Quero
voar para os campos floridos, sentir o cheiro do mato, correr com as borboletas
e cantar com os passarinhos
Quero
molhar meus pés no riacho azul-claro e subir no pé de manga para pegar goiaba
Quero
sentir o sol criança brincar em meu corpo e deixar o vento desmanchar meus
cabelos
Quero
deitar na relva macia e amar com o pôr do sol de testemunha
Quero,
à noite, passear de mãos dadas com você e pedir que a lua cheia ilumine a nossa
estrada
Quero
te dizer um até amanhã cheio de amor e dormir entrelaçada numa rede preguiçosa
Quero
ouvir os grilos fazendo sua orquestra noturna e despertar com um galo cantando
Quero que o despertar
derrame sobre mim o desejo de começar tudo de novo com você.
terça-feira, 4 de dezembro de 2012
sábado, 30 de junho de 2012
SONHOS
Olhava os sinais da maturidade em suas mãos, em seu rosto, em seu corpo.
Quanto tempo se passara em busca da plenitude...
A felicidade fugia a cada nova expectativa. Não criara sonhos diferentes na juventude, só agora percebia isso.
E o tempo passou, deixando suas inconfundíveis marcas, também, na alma.
Queria voltar atrás, agarrar-se a uma nova chance, mas era impossível.
Escolhas erradas, pior, repetidas no presente, como a lhe lembrar que estava fadada à solidão.
Achava-se forte e decidida, mas sabia que não estava preparada para novas perdas.
Sempre fora assim, planejava tomar atitudes, e o coração insistia em traí-la, deixando à mostra uma fragilidade que a incomodava e subestimava seu lado racional.
Nesses momentos, a dor apossava-se do seu ser, exterminando qualquer possibilidade de reação.
E chorava...
Vinha-lhe a certeza, somente, da impossibilidade do amor pleno, cúmplice, verdadeiro.
Voltava-se contra aquele senhor que insiste em lembrar, a cada instante, que tudo é finito e que os sonhos devem ser mortos a cada amanhecer.
CAOS
No turbilhão de confusões
Que assolam a mente febril,
Encontram-se sensações indefiníveis,
Flutuando, sarcástica e permanentemente,
No âmago da dor.
No emaranhado de sombras
Surge um redomoinho de dúvidas e
Conflitos devastadores, invadindo o corpo,
Acabrunhando o poder racional do ser,
Que se entrega ao mais completo caos...
Assinar:
Postagens (Atom)